sexta-feira, 26 de março de 2010

Perfeitamente contraditória

Não sabia se queria ou se não, às vezes dizia que sim, às vezes pensava que não. Teimava que queria, mas na verdade não sabia, era boa de mais, mas se pegava com pensamentos maldosos de mais. Sentia X falava Y. Nic era confusa de mais esquisita de mais, errada de mais, simplesmente por ser perfeita de mais.

Dizia-se que era alguém legal, ideal, era só não se apaixonar por ela.

“tudo aquilo que obviamente não presta sempre me interessou muito” era assim, e assim como Clarisse sabia que era. Ela sempre fora sortuda, sempre teve escolha em todas as situações, e sempre escolhia o “errado”. Talvez não fosse tão errado assim de certo. Mas sempre escolhia o que tinha mais chances de em algum momento não ser. Gostava do difícil, do desafio. Desejava o mais complicado, desejava o que não tinha, mas sabia que passaria a ter, e fazia acontecer, sempre o fez. Gostava do que era indiferente perante a ela. Cativava, conquistava, enfeitiçava.

Nic era assim uma tentação adorável. Uma eterna contradição. Era perfeita e se contradizia ali também, não gostava da perfeição. Tão sincera que enganava.

Não se apaixone por Nic.

3 comentários:

  1. Essa Nic seria alguém que eu gostaria muito de conhecer.
    Também não gosto de perfeição.
    Mas não gosto de contradições.

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  2. Vou dizer que tenho desprezo só pra não contar que admiro a Nic.

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  3. Ahhh fico feliz.. =D
    Acho que quando construimos um personagem acabamos fazendo parte dele, e ele da gente.
    Por tanto quando ele é admirado, fico feliz como se fosse comigo.

    Obrigada.

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